novembro 03, 2008

Morrer na praia

Já tive muitas vezes a sensação de morrer na praia.

Quando o Bush ganhou as eleições duas vezes.
Quando a Rosinha ganhou as eleições duas vezes.
Quando o Brasil perdeu a Copa para os franceses na final.
Quando o Felipe Massa perdeu o campeonato por uma curva.

Uma das mais frustrantes foi quando Gabeira perdeu as eleições para prefeito do Rio, na semana passada.

Que pelo menos Obama vença as eleições para presidente do mundo.
Gabeira!

outubro 19, 2008

Antiguidades

No início da tarde, olhou em volta e percebeu que o céu estava branco. Pensou melancolicamente sobre o lugar onde estava. Embaixo do MASP, em cima das ruas de São Paulo. Caminhou pelo vão cheio de barraquinhas, com os mais diversos badulaques, que eles chamavam de "antiguidades". Observou as moedas com que comprava chicletes na infância, os brinquedos com os quais brincava, as latinhas de creme que com inveja via sua mãe usar. "Se são antiguidades, também sou". E talvez fosse.

Sentia-se uma antiguidade desde os 9 anos de idade, quando revelou aos amiguinhos que gostava de assistir ao jornal na TV e preferia as conversas ininteligíveis dos adultos a Carrossel.

setembro 11, 2008

Capítulo 3

Aquela cidade representava igualmente solidão e liberdade. Acolhimento e distância. Clichê que fosse, sua mais completa tradução era mesmo a música de Caetano.

Nada sentiu quando cruzou a Ipiranga e a São João. Lembrou-se apenas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, sem a praia a duas quadras dali.

O tempo a ensinaria a abandonar o ressentimento pela cidade cinza. Sentindo-se íntima, passaria a chamá-la de Sampa.

Admiraria sua organização caótica. Seria, então, impossível não pensar nos belos contrastes da cidade como uma Lapa amplificada.

"Em São Paulo as coisas acontecem", era o que Ana repetia e acreditava. Era por isso que estava ali.

A beleza de São Paulo não era óbvia como a do Rio de Janeiro, era uma beleza sutil. De repente, percebeu-se um homem do tipo mais ordinário, que não enxerga além de belas coxas e seios fartos, que não percebe que as mulheres mais bonitas escondem-se em detalhes.

Levaria bastante tempo para perceber tudo isso.

Naquele momento, Ana pensava que ter duas casas era como ter nenhuma. Era como sempre algo faltar. Era como nunca pertencer.

setembro 07, 2008

Capítulo 2

Ana compartilhava com Garfield seu ódio às segundas-feiras. Talvez sua melancolia fosse maior nesses dias. A consciência de ser acordada em horário pré-determinado por outros era mais intensa no primeiro (ou segundo?) dia da semana.

Sempre chegava atrasada no trabalho. Se dissesse que não a incomodava o zum zum zum dos colegas quando aparecia quase 40 minutos depois do horário estabelecido, mentiria. Ao mesmo tempo sua vontade era gritar: “acordai, irmãos! Acordai, mas acordai na hora em que bem entendei, puta que pariu!”.

Contraditoriamente, seu senso de responsabilidade era muito forte, assim como seu orgulho. Talvez por isso seu chefe poucas vezes ousara fazer insinuações sobre o hábito marginal de chegar atrasada pelas manhãs. Ana algumas vezes lutou contra ele – o hábito -, mas quase sempre perdeu. E, depois, desistiu.

Era essa sua demonstração torta de marginalidade. Sua forma de mostrar que não era igual. Tola. Tola. Ela sabia. Sua dualidade era o desejo inseparável de pertencer e esnobar, de querer igualar-se e diferenciar-se com a mesma intensidade. Pensou em colocar aí a origem de sua melancolia, mas sabia que estaria sendo, mais uma vez, tola.

Na hora do almoço, gostava invariavelmente de companhia, especialmente de uma menina que conhecera no trabalho. Ela pouco, quase nada, tinha em comum com Ana.

Júlia era doce, tímida e triste. Sentia-se sempre menos. Ana tinha um sentimento maternal por Júlia. Admirava sua sensibilidade, embora tivessem gostos tão diferentes. Júlia não gostava de ler, era fã das comédias românticas americanas e adorava comprar roupas. Mas sabia as pessoas muito antes delas mesmas.

- Vamos descer?, ligou para Júlia.
- Vamos. Vou terminar de escrever um e-mail. A gente se encontra lá embaixo em 5 minutos, disse Júlia, desligando o telefone.

Quando Ana chegou ao lobby do prédio, Júlia já estava lá. Ela sempre chegava antes, nunca deixava ninguém esperando por ela. No íntimo, tinha um medo danado de ser esquecida.

- O Pedro não me ligou de novo. Não entendo o que está acontecendo.

Os homens de Júlia sempre a abandonavam aos poucos. Como se realmente deixassem de lembrar e, aos poucos, ela desaparecesse para eles.

Ana sentia uma tristeza por Júlia. Qual homem conseguiria ver por trás de suas distorções defensivas e a enxergaria realmente?

- Você também parece triste, Ana. Não fica não. A gente acaba se adaptando a tudo.

Júlia talvez tivesse razão, mas Ana sempre tivera dificuldade de adequar-se e, em São Paulo, essa falta parecia ainda maior.

No início, muita coisa a incomodava tremendamente em São Paulo. Sabia que muito era implicância, pura saudade de casa, recalque mesmo. Entretanto, nem tudo, nem tudo...

Começava pelo sotaque de uma parte dos paulistanos. Ao contrário de muita gente, não a incomodava o “r” caipira, quase americano, dos nativos do interior de São Paulo. Era o modo meio anasalado de falar, pronunciado especialmente por algumas “patricinhas” locais, que lhe dava arrepios.

O ar provinciano – pois é, dizia isso – de alguns paulistanos a surpreendeu. Essa mania de exibir o que têm, de só “freqüentar” determinados lugares “bem freqüentados”, por gente igual que só “freqüenta” os mesmos locais, essa mania era irritante demais para ela.

O cabelo liso da maioria das meninas, sempre de maquiagem, sempre de salto alto, sempre de bolsa-combinando-com-sapato, tudo isso a fazia sentir-se um peixe fora d’água.

Apesar de todas as críticas, tentava adaptar-se. Embora tenha se recusado a alisar os cabelos, comprou os tais sapatos de salto e adotou a maquiagem no dia-a-dia. Mas sempre achava que os outros perceberiam que não era ela ali atrás.
City Lights (Charlie Chaplin, 1931)

Uma das melhores seqüências do cinema.

Gênios

Nelson Freire


Jascha Heifetz


P.S. Música de Gluck, dica do Paulo

setembro 04, 2008

Uma dor

Trago em mim uma dor.
Não a dor pungente dos poetas.
Mas a dor suave das meninas.

A dor das meninas que se sabem meninas.

agosto 22, 2008

Quando húngaro faz sentido

Quando a tarde caiu e a Dança Húngara ainda não havia sido interpretada, sentiu uma frustração tremenda.

Desde que assistira O Grande Ditador, de Chaplin, a Dança Húngara, de Brahms, tornara-se sua música favorita daquele momento.

Alegre, agitada, humorística e linda. A Dança Húngara fazia com que sentisse vontade de dançar mesmo, embora nunca houvesse visto ninguém dançar embalado ao som da Dança Húngara.

agosto 10, 2008

Capítulo 1

Um depois do outro. Para baixo e para cima. Esticados e dobrados. Unhas brancas. Pés gelados. Olhando para eles, Ana pensava no que faria aquela tarde.

Acordara minutos antes ao som do alarme antibombas da Paulista. Nunca entendera direito para que um alarme antibombas em momentos de paz, em um país que nos tempos recentes não conheceu a guerra (à parte a urbana).

De qualquer forma, por motivos bem pessoais, gostava daquele alarme. Ele impedia que ela dormisse demais aos domingos. Meio-dia estava sempre de pé. Ou ao menos de olhos abertos.

Naquele domingo, 10 de abril de 2005, ela ainda não havia levantado da cama. Olhava para seus pés, pensando aonde os levaria naquela tarde.

Sempre precisava ao menos de uns 20 minutos para sair da cama. O momento de acordar era o pior de seu dia. Preguiça. Não era uma mulher (mulher?) diurna.

Contraditoriamente, odiava, sim a palavra é odiar, odiava fazer nada.

Levantou.

Apartamento de um quarto grande até, para os dias de hoje. Estava de bom tamanho para alguém sozinha.

Os pés gelados no chão, andava pela casa. Há um ano chegava a Sampa. Achou que seria uma reviravolta na sua vida. Não teve medo. Estava cansada no Rio, sentindo-se empacada.

Realmente, a reviravolta veio. Não foi exatamente como ela imaginava. Foi o fim de sua infância protegida. Não sabia que o tempo atual era bem diferente do tempo da casa dos seus pais.

Viveu em casa os amores fraterno e paterno. Conheceu a ética, o bem-estar, as brigas e revoltas também, é verdade. Mas tudo com muito respeito.

Criança que era, achava que conhecia o mundo, esnobava a ingenuidade e tinha certezas “absolutas”. Achava que a mentira era para poucos, vejam só. E o pior. Acreditava que era forte. Que se virava sozinha. Que sempre saberia o que fazer. Que o afeto era fácil.

Em Sampa, conheceu a solidão. E não estava sozinha.

Quando, enfim, tomou um banho e se arrumou para sair, já eram mais de duas da tarde.

Foi à livraria FNAC da Paulista. Morava a uma quadra da avenida, na Campinas, do lado menos nobre, o centro. Havia lido em algum lugar que a FNAC não gostava de ser chamada de “livraria”, porque era mais do que isso. Não gostou. Pensava: o que pode ser “mais” do que uma livraria? Nunca deixou de ir, entretanto.

Comprou o jornal e sentou no café da livraria. Leu o jornal de ontem, com notícias de anteontem, como já dizia o poeta. Essas coisas rápidas dos tempos de hoje, às vezes a incomodavam. Principalmente aos domingos. Não navegava na internet, sequer ligava o computador nos fins de semana. Era uma regra que se impôs.

- Naninha!

Virou. Só seus amigos mais próximos e antigos a chamavam assim. Mal acreditou quando viu Alexandre. Amigo de colégio. Graaande Alex!, respondeu.

Que saudade! Que saudade! Era o afeto de que precisava. Alex sempre foi um de seus amigos mais inteligentes e afetuosos. Não daquele afeto superficial, sem compromisso. Mas de um amor real, que sempre estava presente quando um de seus queridos precisava.

Ao mesmo tempo, sabia ser sarcástico e irônico quando queria. Tinha um discurso cínico, que não combinava com seu jeito de ser. Quem o conhecia, sabia.

- Naninha, que saudade!
- Puxa, você veio para Sampa e nem me ligou...
- Vim a trabalho na sexta, ia voltar no mesmo dia, mas decidi ficar mais alguns.
- Entendi. Que bom te ver! O que você vai fazer hoje? Está sozinho?
- Vou encontrar uma menina mais tarde. Conheci num barzinho na sexta.
- Entendi. Legal! Senta aí. Vamos tomar café juntos.

Sentiu as ondas de afeto, a delicadeza do sentimento que dá sem pedir retorno, e sentiu-se como uma bateria quase vazia colocada em uma tomada. Feliz.

Alex não era bonito. Ao contrário, muitos diriam que era feio mesmo. Ela, no dia que o conheceu, também achou. Mas, hoje, brigava quando falavam algo do tipo a seu respeito. Sempre dizia:

- Ele é um dos caras mais bonitos que já conheci.

E realmente achava. Não metaforicamente apenas. Achava.

Conheciam-se há dez anos. Brigaram uma vez, quando tinham 16. Os dois, muito competitivos, tiveram uma discussão áspera por causa de um jogo de sua época, chamado “Imagem e Ação”. Ana tinha certeza de que não era permitido usar o alfabeto, nenhuma letra! Ele insistiu no contrário. Brigaram e ficaram várias e intermináveis horas sem se falar.

Depois voltaram. Falaram-se como se nada houvesse acontecido.

E esta foi a briga que tiveram.

Ana pensava em Alex como um irmão. Gostava dele de uma forma infinita, muito terna. Mas não era sexualmente atraída por ele. Ao contrário, houve um período em que Alex foi realmente apaixonado por Ana, nos idos dos anos 90. Este período passou. Passou de todo coração. E Alex via Ana como uma irmã.

- O que você tem feito de bom?
- Trabalho. Trabalho.
- É, eu também.
- Gosto do meu trabalho, só que às vezes sinto falta da arte.
- Eu estou bem. Gosto muito do que faço. Trabalho demais, às vezes me estresso, mas não consigo pensar na vida de outra forma, contou Alex.

E ficaram conversando por algumas horas, uma conversa de quem se vê sempre. Uma conversa que não indicava que há muitos meses eles nem se falavam, pelas distâncias da vida.

Quando Alex teve que ir embora para encontrar a menina, Ana estava feliz, apenas por ter encontrado o amigo. Sentia-se outra. Mais confiante, a Ana de antigamente.

Era engraçado. Ana tinha convicções muito fortes sobre a vida. Sabia muito sobre o certo e o errado, o bom e o mau, o querer e o não-querer. Aquele ano sozinha em São Paulo abalou suas certezas. E o contato com Alex fazia com elas voltassem, ao menos por algum tempo.

julho 24, 2008

É inútil!

Eu vi e pensei: "para que serve?"

Não sabia mesmo. Talvez soubesse lá no inconsciente, mas lá tão longe que parecia intuição.

Para que serve? Para que serve?

Remoía-me. Precisa servir? Se não precisa, me angustia. Tem que servir!

A busca da utilidade dos concretos e dos abstratos me corrói.

julho 20, 2008

Cumplicidade.
No amor,
no crime.
Nos atos ilícitos,
nos casos íntimos.
Por dias felizes,
por fatos críticos.

Na cumplicidade,
uma vírgula,
um risco.

julho 10, 2008

Não sei

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

P.S. Este poema é atribuído na net à Cora Coralina. Não consegui confirmar essa informação. De qualquer forma, achei lindo, simples e delicado. E faz sentido que tenha sido escrito por uma mulher. Que seja Cora.

julho 09, 2008

Winehouse

Essa menina é mesmo fantástica. Adoro a voz dela.

Há tempos não via um cantor fazer fama por ser realmente bom e não por simples marketing e jabá.

julho 07, 2008

Visitas

De vez em quando a tristeza me visita.

Uma vez, ela fez umas cócegas e me levou a rir com amargura.

Outra, me deu um cansaço tão grande que fiquei com preguiça de abandoná-la.

Agora não sei.

Já me disseram que dessa vez não foi a tristeza, mas a melancolia que me procurou.

Mas não seriam a mesma?, perguntei. Se não a mesma, parentes muito próximas. Mais que primas, mais que irmãs. Talvez gêmeas. Parecem-se muito, mas jamais são realmente idênticas.

A melancolia me visita com mais freqüência talvez.

Às vezes com motivo, às vezes sem.

junho 02, 2008

Ponte Aérea

Labirintos de algodão se formaram em minha frente. Já os tinha visto antes, mas nunca percebi que eram labirintos. O azul em volta, tão calmo, dava a certeza de que o branco era doce. Mas os labirintos se formaram em minha frente, eram óbvios, eram labirintos. Vários. E cada vez que desvendava um, outro aparecia. Aqueles enigmas intermináveis, infinitos como o céu, me angustiaram. Depois, entristeceram-me. Depois, deixaram-me pensativa. Depois, intrigaram-me. E é nesta estágio em que me encontro hoje.

abril 09, 2008

Pasárgada está em mim?
Sempre sonhei com Pasárgada.

Será que algum dia encontrarei Pasárgada?
Vou-me Embora pra Pasárgada

Manuel Bandeira


Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei



Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive



E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada



Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar



E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

fevereiro 21, 2008

Pra viagem, por favor!

"Toda boa viagem rende uma boa história. Só que quando conversamos sobre viagens, fica aquela impressão de que o dono da melhor história é sempre aquele que foi para mais longe. Mentira, uma das melhores viagens que se pode fazer é pra dentro da própria cabeça, ou seja, pertinho.

Sendo Eu é isso: uma viagem para dentro de nossas cabeças, repletas de outras viagens que foram divididas em 12 faixas de muito rock-simpatia. E não podia ser diferente, companhia itinerante que se preze tem mais é que viajar. Morando no Rio, então, nem precisa ir muito longe. Basta pegar um "5-7-qualquer-coisa", parar em algum boteco e bater um papo com os amigos.

Tudo bem, falar sobre si mesmo é sempre complicado - temos a tendência de esconder defeitos e aumentar as qualidades. Entretanto, esse não é o caso de "Sendo Eu". Desta vez, fomos sinceros para reconhecer que não somos flor que se cheire, românticos para fazer declarações de amor, e até rancorosos a ponto de mandar alguém para a Conchinchina.

Portanto, confiram. Sendo Eu já está nas lojas, distribuído pela Som Livre, junto com os primeiros lançamentos do selo Som Livre Apresenta.

E como o disco nada mais é do que um jeito de levar o show pra casa, é só chegar e pedir: pra viagem , por favor!

Informações Técnicas "Sendo Eu" é nosso segundo disco. Foi gravado entre janeiro e agosto de 2007, em casa e no estúdio Boombox (Rio de Janeiro). Mixado por Pedro Garcia no estúdio Boombox e masterizado por Bob Weston no Chicago Mastering Studio (EUA - Chicago).

Breve Histórico 2007: GAS Festival (Guaraná Antártica Street) e Festival do Edgard 2006: Noite Branca, Fundição Progresso, Atitude.com, Mola (Mostra Livre de Artes), Geringonça (SESC-Tijuca), Sopa de Entulho(SESC-Madureira), Vespeiro e Mistureba Rock Clube. 2005: Lançamento do disco "Um conto de Pragmatismo Fantástico", Prêmio London Burning (categoria revelação) e Festival de Primavera PUC-Rio. 2004: Lançamento da Primeira Demo. 2000: Sprite Sounds.

Companhia Itinerante é:
Caio Figueiredo - Voz e guitarra
Chico Junqueira - Baixo e voz
David Bessler - Guitarra e voz
Diogo Salles - Guitarra e voz
Jonathan Gregory - Bateria e percussão


Contato
companhiaitinerante@yahoo.com.br
www.companhiaitinerante.com
Dala Mídia (21) 2547-1690 | (21) 8771-7007
dalamidia@gmail.com"

De: http://www.somlivreapresenta.com.br/artista_companhia.asp

janeiro 27, 2008

Filmes do fim de semana

Filmes excelentes no fim de semana. Dois marcantes: Noivas e Lanternas Vermelhas.

Vou escrever sobre o primeiro, já que o segundo assisti com muitos anos de atraso.

Filme grego, com produção executiva de Martin Scorsese, Noivas conta a história de jovens mulheres, especialmente gregas, que cruzaram o oceano em época de guerra e escassez de homens, para casar com desconhecidos. Os futuros maridos eram imigrantes que foram viver nos Estados Unidos e procuravam esposas em sua terra de origem.

A película é extremamente sensível e feminina. E, aliás, nisso Noivas lembra Lanternas Vermelhas. Ambos me fazem pensar em como minhas antepassadas sofreram com a falta de opções de vida, sendo dependentes de homens, sem poder de escolha sobre suas vidas.

Com todos os problemas de nossa época, fico feliz de ter nascido hoje, sendo dona de minhas escolhas e de minha sexualidade.

Enfim, recomendo os dois filmes. Noivas têm um casal de protagonistas cativante, uma história de amor bonita e realista. Sobre Lanternas Vermelhas não há muito mais o que dizer. Não é à toa que virou um clássico.

janeiro 06, 2008

Ano novo

O que há de novo? Essa mania de vivermos em ciclos...