junho 23, 2004

Roda mundo

No fim do ano passado, escrevi neste blog que certamente 2004 seria um ano muito diferente do que passou. Pois bem, nunca imaginei o quanto eu poderia ser profética.

Não foram apenas a cidade e o ambiente de trabalho que mudaram. Minha vida, minhas perspectivas, meus sonhos não são mais os mesmos. Sou outra.

Desde que cheguei em São Paulo os acontecimentos me atropelam. Vivo um redemoinho. Não há certezas sobre nada. Só posso dizer que nestes quase cinco meses fui mais feliz. Mas, até quando?
Mestre Vinícius

Soneto do amor total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Além do amor

Se tu queres que eu não chore mais
Diga ao tempo que não passe mais
Chora o tempo o mesmo pranto meu
Ele e eu, tanto
Que só para não te entristecer
Que fazer, canto
Canto para que te lembres
Quando eu me for

Deixa-me chorar assim
Porque eu te amo
Dói a vida
Tanto em mim
Porque eu te amo
Beija até o fim
As minhas lágrimas de dor
Porque eu te amo, além do amor!