agosto 31, 2006

Morfeu

Sono. Os olhos fecham apesar da luminosidade e dos ruídos constantes à sua volta. Mas ela nem sente. Ouve umas palavras soltas, que pouco significam: gestãããão... fixaaaa... esforçççç...

Manter as pálpebras abertas é quase tão complicado quanto o que o professor diz. Mover um músculo, levantar um dedo, separar o lábio inferior do lábio superior. São muitos músculos.

O sono é sagrado, pensa - ou sonha, não tem certeza. Nada mais correto do que respeitar o sono. A essência sobre a matéria. O desejo sobre a obrigação. Conforta-se. Aconchega-se. Enfim, dorme.

agosto 27, 2006

Tristeza
É estranha e engraçada a tristeza da solidão. Uma certa mistura de autopiedade melodramática que leva alguém a colocar uma música triste apenas para se deliciar mais de sua própria condição - a consciência da miséria humana. As divagações ganham espaço: o que une a humanindade é a dor.

O melodrama é sempre tragicômico. O exagero tira um pouco da sinceridade da dor. Beira o absurdo. Mas os latinos temos isso: somos capazes de expor e depois rir da dor.

Tristeza não tem fim felicidade sim. Uma frase um tanto trágica para uma bela música. Todo grande amor só é bem grande se for triste. É outra canção. A tristeza é senhora. E assim há milhares de canções que enaltecem a tristeza. Não é engraçado?

agosto 25, 2006

O Afeganistão fica logo ali

Nada como bons livros para tornar humano tudo aquilo que nos parece estrangeiro.

Dois excelentes livros - distintos e complementares - sobre o Afeganistão. Ou melhor sobre a gente do Afeganistão. Quem são, o que sentem, como vivem. Os dois estão nas listas dos mais vendidos, no Brasil: O Caçador de Pipas e O Livreiro de Cabul.

agosto 17, 2006

Braços Abertos sobre a Guanabara

O coração bate mais forte. Sinto a maresia antecipadamente. Aquele cheiro de sal e umidade, gotículas microscópicas por todo o corpo. Que saudade, que saudade!

As montanhas, as cores, o mar. Que saudade do azul e do verde! Todos meus sentidos despertam. O som das ondas, a cor dos dias ensolarados, o gosto do sal, o cheiro do mar, a sensação da maresia no rosto.

Minha cidade é mesmo linda como as canções de Tom e Vinícius.

Minha cidade é a mais bela.


(E eu, nostálgica...)

agosto 13, 2006

Arte

A arte purifica a alma e traz de volta a realidade. É essa a minha sensação ao término da Festa Literária de Parati.

A arte é necessária para nos lembrar de quem realmente somos, do que realmente queremos. Ela é o real. Ou, como disse a Adélia Prado, de quem me tornei fã, é a transcendência de que tanto precisamos para viver.

É como se a rotina e o dia-a-dia duro das escolhas "racionais" empoeirassem nosso olhar e precisássemos da arte como uma espécie de limpador de um para-brisa sujo, para tornar a realidade mais visível, para nos lembrar do que é real: além da nossa razão, a nossa emoção - principalmente.

A música, a literatura, a poesia, as artes plásticas, o cinema são necessários como é necessário comer e trabalhar para sobreviver.

Às vezes esqueço disso. Não queria.

agosto 05, 2006

Companhia Itinerante

Meu irmão está ficando famoso!

Ele é guitarrista de uma banda muito boa, a companhia itinerante, que acabou de fazer um show e dar entrevista no programa atitude.com da TVE.

Para saber mais e ouvir:

http://www.companhiaitinerante.com/
http://www.fotolog.com/ciaitinerante/
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=662974