março 30, 2003

Nostalgia?
Não tenho mais paciência para novelas. Quando era mais nova, gostava. Assistia a todas: Que rei sou eu?, Tieta, Vale Tudo, Vamp. Enfim, era uma boa noveleira. Mas cansei. Não se fui eu ou as novelas que mudaram.

Alguns dirão que as novelas de antigamente eram mais bem elaboradas: Que rei sou eu? ironizava a ditadura e simbolizava a redemocratização; Tieta se baseava numa obra de Jorge Amado; Vale Tudo escancarava a realidade brasileira; Vamp era um besteirol mesmo!

Acho que as duas hipóteses são verdadeiras. Eu mudei, mas as novelas também não são mais as mesmas.

Já tinha perdido o hábito de assisti-las quando me mudei para a casa da minha avó, há uns dois anos. Ela, é claro, não perde um capítulo. Não é fanática, mas gosta. Acabei pegando carona na televisão dela.

Você tem noção do que foi O Clone?! A novela não tinha pé nem cabeça. As pessoas começavam a dançar do nada. A história do clone era mais estapafúrdia ainda. E o Murilo Benício não ajudou muito. Só se sabia se era o original (Lucas) ou o clone (Léo) pela cor laranja da pele ("bronzeado") do Léo. Ah! O clone também vivia dando piruetas por aí.

No caso da Jade, era fácil descobrir se ela estava pensando no Lucas ou se ele estava por perto. Giovanna Antonelli teimava em ficar superofegante. Não sei quem ensinou isso a ela, mas era esquisitíssimo. Parecia que ela tinha acabado de correr uma maratona.

Depois do Clone, que de tão bizarra chegava a ficar engraçada, parei de acompanhar minha avó no fim do Jornal Nacional. Alguém sabe se Mulheres apaixonadas está indo bem? Sei não, mas acho que com esse título é difícil fazer uma boa novela.

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