julho 30, 2006

O Doce Vagabundo

Ontem vi, mais uma vez, Luzes da Cidade e, mais uma vez, chorei no final. Que linda a última cena deste filme. Arrisco dizer que é uma das mais bonitas do cinema (pelo menos do que já vi). É de uma ternura, de uma tristeza, de uma emoção sem exageros, de uma doçura...

É por isso que amo os filmes de Charles Chaplin. Ele sabe dosar como ninguém as emoções mais ternas com a comédia (aparentemente) mais simples.

Neste filme, em especial, há cenas de comédia maravilhosas, como a luta de boxe e a tentativa de suicídio do milionário.

Não é à toa que, quase 80 anos depois do lançamento do filme (mudo, é bom enfatizar), ele continua a emocionar e a divertir. A arte não envelhece.

Falando em Chaplin

Os meus dois atores/diretores preferidos são conhecidos como "comediantes": Charles Chaplin e Woody Allen. Embora, aparentemente, eles não tenham muito em comum, os dois têm o mérito de tratar temas cotidianos com muita sensibilidade. E de misturar drama e comédia de uma forma harmônica.

É claro que os dois podem ser opostos: alguém imagina um filme de Allen sem palavras? Chaplin era o ator das multidões, Allen é admirado por poucos. Mas considero os dois geniais, cada um a seu modo. Os dois sensíveis. Os dois percebem a tragédia e a comédia de nosso dia-a-dia, sem optar por um só.

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