abril 25, 2003

Incompreensão
Foi a Cristina quem me avisou do artigo do Veríssimo em que ele reclamava por ter sido acusado de anti-semita. Li o texto hoje. Não sei quem nem por que fizeram a acusação, mas certamente cometeram uma injustiça.

Acredito que tenha sido por conta do artigo que citei no último post. Veríssimo escreveu um elogio à tolerância, mas fez críticas à política de Sharon. Ora bolas, se isso fosse anti-semitismo, eu seria anti-semita (para quem não sabe, sou judia), assim como toda a oposição israelense.

O caso me lembra o texto totalmente irônico, do mesmo Veríssimo, sobre o Lula e o Romanée-Conti, publicado no Globo, no ano passado. Dezenas de pessoas não perceberam que se tratava de uma ironia e escreveram ao jornal criticando o colunista, quando, na verdade, concordavam com ele.

O fato é que muita gente tem dificuldade para entender o que lê.

Vi dois outros exemplos disso esta semana. Zuenir Ventura (que, por acaso, é judeu) escreveu no No Mínimo que foi acusado de preconceituoso por escrever ironias sobre bahianos. Fez uma coluna inteira explicando que gosta da Bahia e dos bahianos e que, por exemplo, adora piada de judeus, desde que não agressivas.

Arthur Dapieve também escreveu em sua coluna hoje, no Globo, que já foi chamado de fascista a comunista por leitores que mal-interpretaram seus textos.

Na minha opinião, os três colunistas - Veríssimo, Zuenir e Dapieve - são exemplos de tolerência. Ainda assim, são chamados de preconceituosos. Difícil entender.

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