Ponte Aérea
Labirintos de algodão se formaram em minha frente. Já os tinha visto antes, mas nunca percebi que eram labirintos. O azul em volta, tão calmo, dava a certeza de que o branco era doce. Mas os labirintos se formaram em minha frente, eram óbvios, eram labirintos. Vários. E cada vez que desvendava um, outro aparecia. Aqueles enigmas intermináveis, infinitos como o céu, me angustiaram. Depois, entristeceram-me. Depois, deixaram-me pensativa. Depois, intrigaram-me. E é nesta estágio em que me encontro hoje.
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Um comentário:
mas é tudo muito intrigante, não, nira?
como não perceber aquela forma que no espelho difere de todas as outras?
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